08/05/2008

As mães podem ser mais perigosas que uma bomba atômica!

Li esta frase num dos livros do Roberto Freire, e fiquei matutando... Como? Bomba tem uma conotação destrutiva, desintegradora... Antagônica á visão da função materna. Mães são sinônimos de amor incondicional, bondade e complacência...
Passado algum tempo e observando o comportamento social, pude concluir que realmente o amor materno esta circunscrito por crenças que podem tanto colaborar com o despertar das múltiplas inteligências dos filhos, contribuindo na construção de uma identidade pessoal, original e criativa, como inculcar conhecimentos que pouco servirão na construção de um individuo integro e feliz.
Amor de mãe pode, assim, intoxicar...
Educação é a única saída que temos para mudar a estrutura da sociedade, visando relações mais éticas e posturas mais responsáveis, que resultarão numa convivência mais harmônica, dentro das dessemelhanças . Não será modificando a representação política, ou o modo dentro da qual ela é exercida que obteremos necessariamente um Estado menos autoritário e mais voltado ao respeito e a promoção da dignidade humana.
Cabendo, prioristicamente, à mulher, a educação dos filhos. Posto nem o homem nem o Estado terem tomado para si tal responsabilidade, após a inserção da mulher no mercado de trabalho, exceto de forma suplementar. É ela que vai gerar ideologias que formatarão a relação subjetiva com o meio circundante .
Todavia, na ânsia de exercer sua liberdade e individualidade dentro de padrões neoliberais, as mulheres tem relegado a segundo plano sua essência feminina, buscando no modelo masculino o exemplo de conduta para galgar o ápice, representado, em sociedades como a nossa, pela maior quantidade de bens acumulados, e onde SER mãe não é condição integrante, mas excludente do processo.
Nos dias atuais em que busca a mulher respeito e espaço para ser o que é, fora de arquetipos, nomeados patriarcais, machistas, capitalistas e burgueses, cabe mergulhar neste Poder/dever de gerar e cultivar consciências, dar-se conta de que o excesso e mistificação do amor de mãe já não cabem!
Nem santas, nem heroínas,
Mulheres conscientes,
Mães atentas ao seu papel!
Lu martins