27/04/2008

Parafraseando o Fernando Pessoa...para ser livre, sê inteiro...

Aqui pra nós, não me leiam como a uma moralista, quem bem me conhece sabe que estou longe disso... É que comungo da concepção que ser livre implica em ser inteiro e se exibir com todo o conjunto que este existir encerra, sendo a sexualidade apenas uma das varias partes prazerosas a ser exercitada, mostrada, declarada...Mas, reflita ai comigo, esta liberdade sexual toda que temos vivenciado. Em outras palavras, esta erotização do corpo, esta forma de viver a liberdade individual como sendo a liberação do corpo...Esta coisa de querer ser malhado, ser gostosa, seduzir... Fazer do orgasmo o único prazer alcançável, é mesmo a melhor maneira de sentir-se satisfeito, completo e acabado?Estaria na sexualidade feminina, a plena forma de expressão criativa e revolucionaria de demonstração da liberdade que a mulher conquistou?Estaria no macho, em seu cetro fálico, o cerne da sua masculinidade, da sua afirmação como ser criador e modificador da realidade que o cerca?Enquanto exibimos e nos deleitamos com nossa liberdade individual de forma tão superficial, precária e ego centrista, deixamos de lutar pela derrocada das reais repressões que os nossos corpos sofrem. Que nossas mentes sofrem! Que a sociedade sofre!O Estado, a família, as religiões, os partidos políticos, são instituições, entre outras, que precisam passar por um processo de reformulação. E como mudar o cenário no qual vivemos se o individuo protagonista e espectador, de sua historia, recusa um roteiro instigador, e encena, pateticamente, uma relação sem pudores com seu corpo e/ou com o do/da parceiro/a, como a genuína demonstração de negação à submissão aos padrões autoritários e falsos da burguesia?Espera, será apenas mais um escape?Sexo é bom, muito bom, viver a sexualidade de forma plena, longe de tabus, culpas e preconceitos, é um patamar que já foi alcançado em países progressistas... Mas nestes, não é apenas a forma sexual de se expressar que evoluiu...Quem tem regulado o botão do desbloqueio da nossa capacidade de pensar, de questionar e de ser pleno e conscientemente livre?

25/04/2008

Parasitismo

Podemos viver dentro de varias teorias, algumas mais libertárias, outras mais autoritárias...

Quando acreditamos que todos são livres para exercer sua individualidade, para pensar, sentir e agir de forma original, somo libertários. E o que é bom pra mim é para todos.

Mas e quando acreditamos que temos que escolher papeis na sociedade e devemos desempenhá-los da melhor forma possível, estamos cerceando aquela liberdade de ser e agir e sentir?

Claro que não!
Porque fizemos uma escolha!
Escolher faz parte de ser livre. O exercício da vontade é soberano!

A questão é sempre como exercemos nossa liberdade e desempenhamos nossos papeis.

Muitas vezes é com consciência, buscando fazer o melhor, superando nossas imperfeições humanas!
As vezes fazendo uso da força física...
As vezes dissimulando intenções, para melhor manipular as pessoas...

Falta de Caráter, penso, esta justamente ai!

Existem pessoas que vivem debaixo de máscaras, para melhor usar a violência física moral ou psíquica e conseguirem seus objetivos inescrupulosos.
E fora o fato que somos imperfeitos, estas pessoas não querem melhorar nada nelas. Elas querem impor sua forma de existir
Ora existir, é simples! Mas estas pessoas querem manipular a realidade a seu favor, diminuir resistências. Chegar ao seu “ponto”, na lei do menor esforço!

Pessoas que não podem fazer,( mas dissimulam) um acordo franco e aberto e cumpri-lo!
Porque a manifestação da vontade esta viciada pela intenção de obter vantagem, de submeter o outro!
Ao manterem relações, é sempre com intuito de aumentar o circulo dos “usáveis”!

O pior é que esta gente vive camuflada na vida social. Usam capa de cetim!

São vampirescas , se alimentam do que há de melhor nos seres. A boa fé!

E nunca saciadas, frias, vis e vazias deixam para traz suas vitimas em estado de baixa auto estima, desesperançadas, desconfiadas e desmotivadas ...meio zumbis... Pior é que danos materiais, se recompõem..mas os emocionais, ficam!

E como distinguir entre tantas formas de oprimir?

Infelizmente, apenas seus pares e suas vitimas tem este poder...

Lu Martins

23/04/2008

Texto de Nadja Regia - Amiga merecedora de respeito e admiração pela postura amorosa, etica e respeitosa, seja na vida pessoal ou no trabalho

Minha amiga. Voçê começou dizendo para aqueles que estivessem lendo o seu texto que não lhe tomassem por moralista e eu digo para quem vier a ler esse meu comentário que não me tomem por carola. Mas eu acredito que todas as aberrações que estamos vivendo, em todos os níveis da vida é por que estamos longe do amor. Mas, do amor verdadeiro, daquele que não se mede. Estamos longe do amor pelo homem ser humano. O que está existindo muito é a enaltação do "amor" pelo homem macho e pela mulher femea.Quando aprendermos o verdadeirio sentido da palavra amar e do que é o sentimento do amor, tenha certeza que teremos um mundo melhor. Por favor, quem vier a ler esse texto não pense que é demagoggia. Eu acredito nisso de verdade. Sei, também que é difícil. Não sou bôba para achar que num piscar de olhos tudo vai mudar. Mas estamos aquí na terra para aprendermos a amar dessa forma. Um dia chegaremos lá. Não sei quando. Acredite. Só precisamos, cada um de nós, fazermos a nossa parte,inclusive eu, abrindo o coração para entendermos e praticarmos o amor de verdade, sem medo.

22/04/2008

O que sabemos sobre Portugal e sobre os Portugueses?



No ensino fundamental os alunos são informados sobre varios paises. Suas lutas, suas vitorias. Estudam-se os imperios, as potencias..., sabemos muito sobre o feudalismo, iluminismo, festa do chá de Boston... e Portugal?

Até quando vamos valorizar as historias alheias em detrimento da nossa?
Leia-se bem, "detrimento da nossa".

Alguem aqui assistiu Codigo da Vince? Ouviu falar nos Templários, sabem onde eles foram ter guarida, e onde se formou a ordem de Cristo?

Ouviram falar de como Portugal se tornou uma potencia mundial?
Mas...e que o Rei D. João foi um covarde se refugiando no Brasil?
Ja ouviram falar na importancia da abertura dos Portos quando a Familia Real aqui esteve?
Mas e da quantidade de frangos que o Rei comia?


Se Cabral aportou no Brasil se deveu ao fato de estar nossas terras no seu caminho de busca pelas Indias Ocidentais. Porém, insistem em dizer que era um tonto... perdido...

Quando se fala em Portugueses vem logo a qualificação negativa... que são pouco inteligentes...ingenuos... Mas será que são?

Fico pasma com a falta de verdade dos nossos livros, ou omissão sobre nossa origem e colonização, o descaso do nosso povo com as nossas origens!
Gente, a quem interessa fazer da nossa historia uma piada?

Quando vejo alguns ditos intelectuais, fazerem deboche dos nossos indios...Penso onde esta o respeito pela nossa etnia?
As indias geraram nosso povo. Não ha brasileiro que não tenha em sua veia, por menos que seja, sangue indio!
Devemos muito aos negros...sim...mas devemos muito mais aos povos indigenas que foram dizimados.
Preguiçosos? Nossos indios eram pacificos!
E a Tribo de Mirandela, que lutou pela independencia da Bahia. Sabe a quem se homenageia? Ao Cabloco, ao mestiço!
Vamos preservar nossa cultura! bah, que jargão que soa falso!
Estou cansada de píadinhas!
Estou cansada de nos fazerem de paraiso das ienas!
E como resposta rimos sem dentes na boca...falta principalmente o Siso!


Abaixo um pouco sobre o Povo Portugues

"HISTÓRIA DE PORTUGAL
Dono, no seu apogeu, de um imenso império colonial que incluía o Brasil, o país passa atualmente por um rápido processo de modernização em conseqüência de seu ingresso na União Européia...
A Lusitânia, como a região era conhecida pelos romanos, é conquistada por Júlio César e Augusto no século I a.C. Os visigodos dominam o território do século V até a chegada dos mouros, em 711.
O surgimento de Portugal como nação independente está vinculado às lutas travadas na península Ibérica pela expulsão dos muçulmanos. Antecipando-se aos demais países europeus, Portugal já é uma nação centralizada politicamente em torno de um único monarca no século XII.
Portugal surge como país na luta pela reconquista cristã da península Ibérica: Fernando de Castela toma Coimbra em 1064; seu filho Afonso VI faz de Henrique de Borgonha conde de Coimbra.
O filho de Henrique intitula-se rei Afonso I (primeiro rei de Portugal), em 1139, e conquista Lisboa com o auxílio de cruzados estrangeiros, em 1147.
Assume o trono pelas armas e inaugura a dinastia dos Borgonha, reconhecida pelo papa em 1179. A soberania consolida-se com a expulsão dos mouros, em 1249.
Templários
Braço armado da Igreja, a Ordem dos Templários enriquece com os saques realizados no Oriente Médio durante as cruzadas, nos séculos XII e XIII.
Com hierarquia própria, homens armados e muito dinheiro, transforma-se em um poder paralelo dentro da Igreja.
Dissolvida pelo papa, os integrantes da ordem são perseguidos por toda a Europa... Então, Portugal acolhe os templários e suas fortunas durante o reinado de dom Diniz, de 1279 a 1325. Assim, eles fundam a Ordem de Cristo...
Em 1385, sobe ao trono dom João I, iniciador da dinastia dos Avis. Os castelhanos invadem Portugal, mas são derrotados na Batalha de Aljubarrota.
Dinastia de Avis
Na época das grandes navegações e descobrimentos, reina em Portugal a Casa de Avis, dinastia fundada por dom João I, o Mestre de Avis, em 1385, após uma crise sucessória no reino.
Ele conquista a Coroa pelas armas, apoiado pela pequena nobreza, camponeses, comerciantes, armadores e ricos representantes dos ofícios urbanos. Todos têm um interesse em comum: a expansão comercial e marítima...
Dom Henrique, o navegador, funda a Escola de Sagres, origem dos descobrimentos e conquistas que formariam o império colonial português...
A busca de uma nova rota para o Oriente exige o aperfeiçoamento das técnicas de navegação até então conhecidas. Portugal faz isso sob a direção de dom Henrique, filho do rei dom João I.
Dom Henrique, era membro da Ordem de Cristo e administrador de seus recursos, usa essa riqueza para financiar o projeto ultramarino...
O infante reúne no promontório de Sagres, no Algarve, os maiores especialistas em navegação, cartografia, astronomia, geografia e construção naval. Forma, assim, o mais completo e inovador centro de estudos náuticos da época.
O Primeiro Selo Comemorativo foi emitido em 1894 (Scott: 97, SG: 314), com valor facial de 5 réis (laranja), ele marca os 500 Anos de Nascimento do Príncipe Henrique - o navegador (1394-1894).

Grandes navegações
Portugal é pioneiro na expansão marítima européia... Os especialistas de Sagres aperfeiçoam instrumentos de navegação, como a bússola, o astrolábio, o quadrante, a balestilha e o sextante.
Desenvolvem a cartografia moderna e são os primeiros a calcular com precisão a circunferência da Terra em léguas, numa época em que poucos acreditavam que o planeta fosse redondo.
A tomada de Ceuta, no norte da África, em 1415, marca o início da expansão portuguesa rumo à África e à Ásia. Em menos de um século, Portugal domina as rotas comerciais do Atlântico sul, da África e da Ásia.
Sua presença é tão marcante nesses mercados que, do século XVI ao XVIII, o português é usado nos portos como língua franca – aquela que permite o entendimento entre marinheiros de diferentes nacionalidades.
Em 1419, os portugueses chegam ao Arquipélago da Madeira e, em 1431, desembarcam no Arquipélago dos Açores. Os lusitanos avançam para além do cabo Bojador...
Em 1436, atingem o Rio Douro e começam a conquista da Guiné. Ali se apropriam da Mina, centro aurífero explorado pelos reinos nativos em associação aos comerciantes mouros, a maior fonte de ouro de toda a história de Portugal.
Em 1441, os portugueses chegam ao cabo Branco. Em 1444, atingem a ilha de Arguim, onde instalam a primeira feitoria em território africano, e iniciam a comercialização de escravos, marfim e ouro.
Em 1445, atingem as ilhas de Cabo Verde, navegam pelos rios Senegal e Gâmbia e avançam até Serra Leoa. De 1470 a 1475, exploram a costa de Serra Leoa até o cabo Santa Catarina.
Em 1482, chegam à a desembocadura do rio Congo, à São Jorge da Mina e avançam até o rio Zaire, o trecho mais difícil da costa ocidental africana.
No reino, em 1496, o rei dom Manuel obriga os judeus, cerca de 15% da população portuguesa, a se converter ao catolicismo...
Em 1487, Bartolomeu Dias atinge o cabo das Tormentas, no extremo sul do continente – que passa a ser chamado de Cabo da Boa Esperança – e atinge o Índico.
Conquista, assim, o trecho mais difícil do caminho para as Índias (também outros para as costas orientais do continente africano), para bem mais tarde formar a Índia Portuguesa.
Entretanto, Bartolomeu Dias não chega às Índias. Morre quando seu navio naufraga justamente ao cruzar o cabo da Boa Esperança, que conquistara 12 anos antes.
Disputas entre Portugal e Espanha
Boa parcela dos cosmógrafos europeus do século XV não acredita na viabilidade do projeto de atingir as Índias contornando a África.
Supõem que o oceano Atlântico é um grande mediterrâneo e que a África se prolongaria ao sul, sem passagens para o oceano Índico...
Quando Bartolomeu Dias conquista o cabo da Boa Esperança, em 1488, e atinge o Índico, prova a correção do projeto português.
A Espanha aposta no projeto de Colombo: atingir as Índias navegando para o ocidente. Quando ele descobre a América, em 1492, imagina ter alcançado o Oriente...
São os portugueses, no entanto, que realizam o grande feito: Vasco da Gama chega a Calicute, na Índia, em 1498, coroando quase um século de investimentos.
Em 1497, ao partir da praia de Restelo, Vasco da Gama torna-se o primeiro europeu a viajar para a Índia por mar, onde aporta em 1498!
Entre 1505 e 1515, caravelas lusas exploram o litoral leste da África, aportando em Sena, Moçambique, Zanzibar, Pemba e outros pontos.
Paralelamente, em 1500, Pedro Álvares Cabral chega ao Brasil. Em 1578, o rei dom Sebastião I morre na Batalha de Alcácer Quibir, na tentativa de conquistar o Marrocos...
Em 1580, a Espanha apossa-se do trono português e dá início a 60 anos de domínio espanhol... Portugal perde colônias do Extremo Oriente para a Holanda, a qual também ocupa parte do Brasil...
A independência portuguesa é recuperada em 1640, quando João de Bragança se torna rei...
Página sobre Monarcas e Presidentes do Brasil
Em 1807, D. Maria I, Rainha de Portugal, seu filho, o Príncipe-Regente D. João, sua nora, a Princesa Carlota Joaquina, toda família real e cerca de 15 mil pessoas iniciam a viagem para a colônia brasileira...
D. João deixa instruções para que as tropas francesas sejam bem recebidas em Portugal... Antes mesmo das naus portuguesas terem desaparecido no horizonte, as tropas francesas de Napoleão Bonaparte, comandadas pelo general Junot, ocupam Lisboa...
Em 1814, Napoleão começa a perder seu poder na França... Então, as tropas francesas são finalmente vencidas em Portugal pelas tropas anglo-lusitanas... No ano seguinte, Napoleão é derrotado em Waterloo.
Em 1820, a Revolução do Porto obriga o rei dom João VI a voltar à Lisboa. No ano seguinte, Napoleão morre no exílio, na ilha de Santa Helena. Em 1822, o príncipe herdeiro Dom Pedro I proclama a independência do Brasil e passa a ser seu imperador...

Salazarismo
Em 1910, uma rebelião derruba o rei Manuel II e a República é proclamada. Os republicanos adotam leis liberais e anticlericais.
Após longo período de instabilidade, um golpe de Estado estabelece, em 1926, uma ditadura militar. António de Oliveira Salazar torna-se primeiro-ministro, em 1932. Seu regime é inspirado no fascismo italiano, ficaria conhecido como salazarismo.
A Constituição de 1933 institui o Estado Novo, no qual apenas um partido, a União Nacional, é autorizado a funcionar.
1936/37 – Primeiro selo aéreo do país (Scott: C1, SG: 891), com valor facial de 1,50 escudos (azul), ele mostra o "escudete" com 5 besantes ou chamados dinheiros. Alguém sabe me dizer por que este selo aéreo foi emitido com um escudete "voando"?
O primeiro selo "OFICIAL", emitido em 1938 (Scott: O1, SG: O900), com valor facial de 40c (marrom), ele mostra a frase... a máxima de Portugal, afinal, é TUDO PELA NAÇÃO ou O BEM DA NAÇÃO?

Portugal permanece neutro na II Guerra Mundial e é admitido na ONU em 1955. A recusa em conceder independência às colônias africanas estimula movimentos guerrilheiros de libertação em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau...
A partir de 1961, Portugal fortalece sua presença militar na África. Em 1968, Salazar sofre um derrame cerebral e é substituído por Marcelo Caetano, ex-ministro das Colônias, que permite partidos de oposição.
Revolução dos Cravos
A decadência econômica e o desgaste com a guerra colonial provocam descontentamento nas Forças Armadas. Em 25/04/1974 eclode a Revolução dos Cravos: oficiais de média patente rebelam-se e derrubam o governo de Caetano, que foge para o Brasil.
O general António de Spínola assume a Presidência. A população festeja o fim da ditadura distribuindo cravos - a flor nacional - aos soldados rebeldes. Os partidos políticos, inclusive o comunista, são legalizados e é extinta a Pide, polícia política do salazarismo.
O novo regime mergulha Portugal em uma agitação revolucionária. Spínola renuncia em setembro de 1974. O governo passa a ser dominado pelo Movimento das Forças Armadas (MFA), fortemente influenciado pelo Partido Comunista.
Angola, Moçambique, Cabo Verde e Guiné-Bissau obtêm a independência. Em março de 1975, após fracassada tentativa de golpe de Spínola, o governo é dominado por um triunvirato formado pelos generais Costa Gomes, Otelo Saraiva de Carvalho e Vasco Gonçalves. Inicia-se a estatização de indústrias e bancos, seguida de ocupações de terras...
Ocupação européia
Mário Soares é eleito presidente da República em 1986. No mesmo ano, Portugal é admitido como membro da Comunidade Econômica Européia, atual União Européia.
Em 1987, o PSD conquista 50,2% dos votos e Cavaco Silva forma um governo conservador. Em 1989, o Parlamento retira da Constituição a irreversibilidade das nacionalizações e da reforma agrária.
Em 1991, Mário Soares é reeleito presidente com 70,4% dos votos, mas o PSD mantém a maioria parlamentar.
Em janeiro de 1996, vence as eleições presidenciais Jorge Sampaio, do Partido Socialista, com 53,8% dos votos, em uma campanha voltada para questões sociais.
Ainda em janeiro, trabalhadores e empresários assinam um pacto com o governo para elevar o salário mínimo e reduzir a jornada de 44 horas semanais de trabalho – a mais elevada da UE - para 42 horas em 1996 e 40 horas em 1997.
O objetivo maior é conter o desemprego, acentuado pelos cortes de Orçamento exigidos pelos padrões da UE. Em fevereiro de 1997, a Assembléia rejeita por 1 voto o projeto de legalização do aborto em Portugal, um dos únicos países europeus onde a prática ainda é proibida..."
Fonte de pesquisa:http://www.sergiosakall.com.br/europeu/materia_portugal.html

21/04/2008

Existencialismo - Sartre

"....O homem possui uma natureza humana; esta natureza, que é o conceito humano, encontra-se em todos os homens, o que significa que cada homem é um exemplo particular de um conceito universal - o homem; para Kant resulta de universalidade que o homem da selva, o homem primitivo, como o burguês, estão adstritos à mesma definição e possuem as mesmas qualidades de base. Assim, pois, ainda aí, a essência do homem precede essa existência histórica que encontramos na natureza. (...)O existencialismo ateu, que eu represento, é mais coerente. Declara ele que, se Deus não existe, há pelo menos um ser no qual a existência precede a essência, um ser que existe antes de poder ser definido por qualquer conceito, e que este ser é o homem ou, como diz Heidegger, a realidade humana. Que significará aqui o dizer-se que a existência precede a essência? Significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define."

20/04/2008

Parafraseando o Fernando Pessoa...para ser livre, sê inteiro...

Aqui pra nós, não me leiam como a uma moralista, quem bem me conhece sabe que estou longe disso... É que comungo da concepção que ser livre implica em ser inteiro e se exibir com todo o conjunto que este existir encerra, sendo a sexualidade apenas uma das varias partes prazerosas a ser exercitada, mostrada, declarada...

Mas, reflita ai comigo, esta liberdade sexual toda que temos vivenciado. Em outras palavras, esta erotização do corpo, esta forma de viver a liberdade individual como sendo a liberação do corpo...

Esta coisa de querer ser malhado, ser gostosa, seduzir... Fazer do orgasmo o único prazer alcançável, é mesmo a melhor maneira de sentir-se satisfeito, completo e acabado?

Estaria na sexualidade feminina, a plena forma de expressão criativa e revolucionaria de demonstração da liberdade que a mulher conquistou?
Estaria no macho, em seu cetro fálico, o cerne da sua masculinidade, da sua afirmação como ser criador e modificador da realidade que o cerca?

Enquanto exibimos e nos deleitamos com nossa liberdade individual de forma tão superficial, precária e ego centrista, deixamos de lutar pela derrocada das reais repressões que os nossos corpos sofrem. Que nossas mentes sofrem! Que a sociedade sofre!

O Estado, a família, as religiões, os partidos políticos, são instituições, entre outras, que precisam passar por um processo de reformulação. E como mudar o cenário no qual vivemos se o individuo protagonista e espectador, de sua historia, recusa um roteiro instigador, e encena, pateticamente, uma relação sem pudores com seu corpo e/ou com o do/da parceiro/a, como a genuína demonstração de negação à submissão aos padrões autoritários e falsos da burguesia?
Espera, será apenas mais um escape?

Sexo é bom, muito bom, viver a sexualidade de forma plena, longe de tabus, culpas e preconceitos, é um patamar que já foi alcançado em países progressistas... Mas nestes, não é apenas a forma sexual de se expressar que evoluiu...

Quem tem regulado o botão do desbloqueio da nossa capacidade de pensar, de questionar e de ser pleno e conscientemente livre?

Lu Martins

06/04/2008

Estelionato afetivo!

Daqui da minha janela, onde me debruço quase que diariamente para ouvir os pensantes, fico muitas vezes em estado de excitação mental... São tantas informações a absorver, que se faz necessário fechar a janela e abrir as portas internas, passar horas e horas vasculhando teorias, princípios, déias, para conseguir acomodar novos conceitos, tão necessários ao nosso continuo aprendizado e aprimoramento
Algumas novas conclusões tiradas em estatísticas me causam comichão mental, causam até certo temor, e me pergunto, a quem interessam tais afirmativas? A fonte é segura? Que melhoramos ao absorver o que foi publicado?
Usando o espaço do velho ditado, que duas cabeças concluem melhor que uma, quem sabe varias me ajudem a entender...
Algumas pessoas devem ter lido na Revista Veja o resultado de uma pesquisa sobre infidelidade , concluindo que os homens, lideram as estatísticas em mais de sessenta por cento , seguidos pelas mulheres num percentual abaixo da media.
Tudo bem.
Tudo bem?
Tudo bem?!
E agora, o que faremos com todos os casamentos marcados?
E quando o casal tiver que jurar diante do celebrante , de suas famílias, de seus amigos, que cumprirá todos requisitos exigidos para a união civil e religiosa, precipuamente a fidelidade?
Se você que me lê estiver pensando na roupa para a cerimônia, que tal uma fantasia?
E agora que faremos com aquela vontade imensa de jurar amor eterno para nossos amantes?
Hum... Quantas vezes mesmo, alguém já fez surgir num outro coração a crença que “os felizes para sempre existem” sem a intenção real de, pelo menos , lutar para que isso aconteça?
Será a fidelidade coisa própria do estado etílico que a paixão provoca?
Paixão dura pouco..e a ressaca afetiva?
Algum inventor ai, da pílula para cura das paixões- mal- resolvidas?
E agora, meus amigos, como olhar para nosso companheiro de jornada, que pactuou fidelidade e lealdade, sem uma certa desconfiança?
Como, os residuais dos dados estatísticos, aqueles que têm se mantido leais e fiéis, que tem resistido aos calores do baixo-ventre e buscam na relação a dois mais que satisfação sexual, emoção e aventura , que buscam na vida a dois uma forma de compartilhar a vida, dividindo problemas e somando soluções podem se sentir satisfeitos ?
Ai da sua janela, me responda, o que fazer do estelionato afetivo?
lu martins

Um pouco da TV!

Estava lendo um artigo sobre stress numa destas revistas especializadas.
Concluiu a reportagem, afirmando que se tornou difícil viver com tranqüilidade num mundo tão conflitante e individualista, ainda mais quando ganha-se mal, o transito não funciona, as instituições nada garantem, e se vive explorado pelos juros bancários... Para minorar os efeitos do caos aconselhou a pratica de alguma atividade que abstraísse o individuo da rotina, levando-o ao relaxamento... Neste sentido, varias sugestões: a pratica de esportes, yoga, meditação, boas leituras, caminhadas, convívio social... só não estava escrito... Assistir televisão.
É curioso, porque ligar a TV ao chegar em casa e deitar no sofá, são os momentos mais aguardados por varias e varias pessoas como forma de esquecer as atribulações...Mas creiam, ainda não consegui ler algum autor que comungue da idéia que a TV tem capacidade de deixar algum individuo relaxado...já quanto a alienação...
Então é isto que se procura diante da TV? Não necessariamente relaxar, mas entorpecer, como se toma litros de chope , doses uísque. Um encachaçamento psicológico!
De conteúdo , quase sempre duvidoso, permitam os fissurados em programação televisiva, e, tendo por finalidade, alcançando audiência, conseguir bom$$$ anunciante$$$$, não poupa o destinatário, crianças, adolescentes, idosos, adultos, doentes ou sadios, pessoas pouco ou muito bem estruturadas. É o chocar que interessa, a polemica pela polemica, o descomprometimento total com a formação ou com a informação, o senso critico. É como se a TV não fosse uma concessão publica, e devesse agir de forma ética e legal com o cidadão!
Mas nestes pais de portas largas, nosso povo gentil e pacífico, em sua grande maioria, dorme no berço da ignorância e da escassez de valores, engole qualquer produto, sem questionamentos, basta estar relacionado ao sexo, ao humor de baixo nível, ou aquisição de facilidades. Ri de seu reflexo na caricatura mal feita do pobre, mal alimentado, desdentado, mal vestido e de linguagem chula, sem nenhum pudor!
Fechamos nossos lares para os amigos, para atividades criativas ou culturais, deixamos de reunir a família em torno de uma atividade lúdica e escancaramos portas para novelas que tratam as questões sociais , emocionais, afetivas, de forma frívola; programas de calouros que ridicularizam os participantes, ou que exibem mulheres seminuas de forma degradante, como lambendo focinho de suínos; reality shows nos quais pessoas que buscam na auto exposição um meio de vida, são apontadas, heróinas!
Noticiários que relatam o trágico e o pitoresco no mesmo tom; que mostram a violência, a impunidade, mas não ajudam na reflexão sobre causas efeitos e possíveis soluções; que manipulam dados conforme interesses políticos e econômicos. Mostram o tosco e o requintado numa mesma bandeja...
E de bocas fechadas, e olhos bem abertos os Senhores telespectadores ficam ali, estatalados, chorando pela moçinha da novela ou rindo dos seus pares que são ridicularizados!
Dia seguinte...

Trabalhe e Compre

Anda tudo tão estranho, tão insolito... e as vezes lugubre!
A quem interessa promover convivencias tão distantes de conceitos fundamentais como o respeito a vida, a dignidade e a paz?
Quem organiza uma sociedade fria, individualista e sectaria, cujas caracteristas preponderantes são:
incerteza
flexibilidade
precariedade
insegurança
consumismo
medo
impunidade
?

A quem interessa tantas conflitos gerando mortes e lucros?

A quem interessa o descredito nas Instituições?

A quem interessa o esfacelamento da familia,
a precariedade das relações afetivas?

A quem interessa a religião que vende soluções, o religioso que pede mais que agradece?,
o Existir cada vez mais fechado em conceitos egocentricos,
a busca do preenchimento dos vazios existenciais com "coisas" (de preferencia de boas marcas)?

A quem interessa que o governo não cumpra sua meta prioritária, que é garantir a vida, a saude e o trabalho digno e a paz?

Ainda ficamos estarrecidos com a crueldade, mas quantas vezes acompanhamos as tragedias como a uma série televisiva...A banalização da violencia a quem serve?

Aqui da minha janela, indignada, me ponho a
concluir que estamos virando apenas peças
destinadas a manter de pé, exclusivamente, o Capital!
pouco a pouco temos nos rendido ao seu poder
A pergunta que se faz a uma criança não é mais:, o que voce quer ser quando crescer?
Assistimos a imposição da frase: voce tem que saber o que o mercado precisa e se qualificar para o trabalho.
O sonho não é mais casar e constituir uma familia.
Pra que investir em laços afetivos se não se pode confiar em ninguem? Melhor o sexo pelo sexo, prazer imediato e descartavel!
Filhos? Apenas um, e olhe la! dão trabalho, tomam tempo e dinheiro...não garantem o retorno do investimento...
Amigos? Podem servir, pra dividir uma conta aqui outra ali, a intenção é manter bons contatos politicos, empregaticios e sociais.
Colegas de trabalho são intreressnates, mas não esqueçam, competem, sem escrupulos!
não se assoceiem, naõ se sindicalizem, so querem enriquecer com sua ajuda !

E assim vamos nós seguindo cada vez mais sozinhos...
Presas faceis, objetos descartaveis, na jogo do trabalhe e compre!

A quem interessa este estado de ânimo?
lu martins